Vencedora ganhou cheque de R$ 8 mil, além de um certificado.
Final do concurso aconteceu nesta segunda no Pacaembu.
A pasteleira Maria Kuniko, de 57 anos, pulava de alegria na tarde desta segunda-feira (26) ao ouvir, da boca de um mestre de cerimônias na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste da capital paulista, que seu pastel é o melhor de São Paulo. “Meu pastel é uma delícia”, gritava, emocionada.
Com 30 anos de feira, Maria é dona da barraca da Maria. Muito apreciado, o quitute vencedor passou por uma prova de fogo do público e de 25 jurados –chefes de renome que analisaram tecnicamente os pastéis competidores.
“Levamos em conta a textura, o sabor, a higiene e até o ponto do óleo dos pastéis de carne”, disse o chef Bruno Stippe, da cantina italiana C Que Sabe. “Foi muito difícil escolher entre os dez finalistas”, acrescentou Carlos Soares, do buffet Via Carlo. “Comi 12 pastéis inteiros para chegar ao veredicto”, contou.
Entre o dia 15 de setembro e o dia 4 de outubro, foram distribuídas urnas pelas feiras de São Paulo com cédulas de votação em que o público devia atribuir uma nota de zero a dez para quesitos como recheio, quantidade de gordura e sabor. Os pastéis que obtiveram as melhores notas foram selecionados para a final.
Nesta segunda aconteceu a final, com os dez mais bem votados. Desde as 9h, o público pôde provar, ao preço de R$ 1,00, os pastéis da competição e votar no que mais gostou. Segundo a organização do evento, mais de 10 mil quitutes foram vendidos até as 13h30 – 1.200 só na barraca de Maria.
O segundo lugar na competição ficou com a barraca do Yamashiro, que recebeu R$ 2 mil. O terceiro melhor pastel é o da Gabi, cuja barraca recebeu prêmio de R$ 1 mil.
Quem se deu bem na competição foram as pessoas que aproveitaram o horário de almoço para comer pastel. “Achei muito bacana. Essa competição mostra ao povo melhores e é uma oportunidade de comer algo diferente de almoço”, disse o analista de sistemas Rafael Carvalho, de 26 anos. “E o melhor foi o preço”.
Para Natalie Gutglas, radialista de 28 anos, o evento tem um lado cultural. “Isso dá mais valor à cultura paulistana do pastel. Os pasteleiros merecem”, acrescentou.
R$ 8 mil Feliz com o prêmio, Maria contou que irá dividir os R$ 8 mil recebidos em duas partes: R$ 3 mil ficarão com seus funcionários e o restante será usado na melhora da barraca. “Meu coração está na boca. Nunca pensei que me emocionaria tanto”, comentou.
Questionada sobre o segredo de seu pastel, afirmou: “É amor e muita dedicação”, completou.
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